Kim
Dong-chul em fotografia divulgada pela agência de notícias
estatal
norte-coreana KCNA (Foto: KCNA/Reuters)
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Kim Dong-chul disse que espionou
para 'sul-coreanos conservadores'. Ele foi detido em outubro de 2015.
Um coreano-americano acusado de
espionagem foi condenado a dez anos de trabalhos forçados na Coreia do Norte,
informou nesta sexta-feira (29) a agência oficial de notícias chinesa Xinhua, a
partir de Pyonyang.
Kim Dong-chul, detido em outubro
passado sob a acusação de espionagem, disse em janeiro à CNN que espionou para
"elementos sul-coreanos conservadores" e fotografou segredos
militares na Coreia do Norte.
Kim Dong-chul, de 62 anos, foi
preso na Coreia do Norte em outubro e admitiu ter cometido uma "espionagem
imperdoável", incluindo o roubo de segredos militares, afirmou a agência
estatal de notícias KCNA.
"O acusado confessou todos os
crimes que cometeu... e reuniu e ofereceu informações sobre assuntos do
partido, do Estado e dos militares ao regime de marionetes sul-coreano, que
equivalem a complôs estatais subversivos e espionagem", disse.
Promotores federais pediram uma
pena de 15 anos, mas seu advogado de defesa pediu uma redução levando em conta
sua idade avançada, segundo a KCNA.
Fotos mostraram Kim algemado e
usando gravata e casaco azul. Ele parecia abalado e estava acompanhado por
guardas uniformizados.
A Coreia do Norte, que vem sendo
criticada por seu histórico de direitos humanos há anos, já usou
norte-americanos detidos para induzir os Estados Unidos a realizarem visitas de
membros do alto escalão, e não tem relações diplomáticas formais com
Washington.
O regime norte-coreano já impôs
longas penas de trabalhos forçados a estrangeiros, embora tenha acabado por
libertá-los antes do cumprimento da sentença. Sabe-se que seis deles, incluindo
Kim e três sul-coreanos, ainda estão detidos no Norte.
Kim, que disse ser um cidadão
norte-americano naturalizado, confessou ter cometido espionagem sob orientação
dos governos dos EUA e da Coreia do Sul e se desculpou pelos crimes, noticiou a
KCNA em março.
Da France Presse
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