Hoje, resultado pode demorar 1
semana; em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, epidemia do vírus pode
igualar dengue
Os laboratórios da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) iniciam na segunda-feira testes rápidos para
zika vírus. O teste de sorologia será feito em amostras de sangue, urina e saliva.
O método identifica e diferencia o zika em relação a outros vírus transmitidos
pelo Aedes aegypti, como dengue e chikungunya. O resultado sai em cinco horas.
De acordo com a coordenadora de
pesquisas da universidade, Clarisse Arns, o teste foi desenvolvido pela
força-tarefa que estuda o vírus em parceria com a Universidade de São Paulo
(USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp). O teste rápido tem eficácia
de 100%, segundo a pesquisadora, e representa considerável avanço no controle
do zika vírus. Atualmente, o exame é realizado apenas em sangue e o resultado
demora pelo menos uma semana.
Inicialmente, os testes estarão
disponíveis para pacientes do Hospital das Clínicas de Campinas e da rede
pública municipal. Em uma segunda fase, serão atendidos casos suspeitos de
cidades da região, como Sumaré e Hortolândia. Até agora, foram confirmados
cinco – dois em Sumaré e um em Campinas, Americana e Piracicaba.
O Ministério da Saúde promete
também para este mês a distribuição de kits de testes rápidos de zika para
laboratórios de todo o País. Esse foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia
em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é
ligada ao governo federal. O teste permite realizar a identificação simultânea
dos vírus de dengue, chikungunya e zika em uma mesma amostra de sangue.
É uma má-formação congênita em que
a criança nasce com o perímetro cefálico menor do que o convencional, que é de
32 centímetros. Isso significa que o cérebro não se desenvolveu da maneira
esperada.
É uma má-formação congênita em que
a criança nasce com o perímetro cefálico menor do que o convencional, que é de
32 centímetros. Isso significa que o cérebro não se desenvolveu da maneira
esperada.
O recém-nascido pode morrer ou
apresentar sequelas graves, como dificuldade de visão e audição, além de
retardo mental.
O diagnóstico é feito por meio da
medida do perímetro cefálico. Quando há microcefalia, o perímetro é menor do
que o normal, geralmente inferior a 32 centímetros. O cérebro também tem uma formação
diferente. Em vez de se assemelhar a uma noz, com reentrâncias e sulcos, o
cérebro dos bebês com a má-formação tem geralmente partes lisas. A dimensão do
problema é identificada num exame de tomografia.
Sim, é possível fazer o
diagnóstico por meio de exames de imagem.
As causas clássicas são infecções
da mãe durante a gestação por herpes, sífilis, toxoplasmose e citomegalovírus.
A explosão nos indicadores é atribuída a um outro fator: infecções por zika
vírus na gestante. Traços do vírus foram identificados no líquido amniótico de
dois fetos que tiveram a má-formação e em um bebê que faleceu logo depois do
nascimento. Foi identificada a presença do vírus em amostras de sangue e nos
tecidos do bebê.
Quando a má-formação não está
relacionada a causas infecciosas, é possível realizar uma cirurgia. Nesses
casos, as crianças devem ser acompanhadas ao longo de um ano. No caso da
microcefalia provocada por infecções, as ações - terapia ocupacional desde os
primeiros meses, fonoaudiologia e fisioterapia - são feitas para tentar
estimular o bebê.
Embora não haja confirmação,
especialistas consideram que o risco é maior quando a infecção ocorre no
primeiro trimestre da gestação. Esse é o período em que o sistema nervoso do
feto está em formação.
Ribeirão. O secretário de Saúde de
Ribeirão Preto, Stênio Miranda, já prevê que o número de casos de zika vai se
igualar aos de dengue na cidade, em razão do rápido avanço dessa doença. “Se
nossa projeção para janeiro é de 2 mil casos de dengue, a incidência de zika deverá
ser dessa mesma ordem”, afirmou, em nota oficial em que negou que haja caos na
saúde na cidade, como mostrou reportagem do Estado nesta semana.
“Há sobrecarga, sim, as equipes de assistência
estão trabalhando intensamente, há grande número de pessoas nas unidades –
metade ou mais é acompanhante –, mas não há nada parecido com o caos”, disse
Miranda. “Caos seria se não houvesse atendimento, se faltassem medicamentos...
se houvesse mortes sem assistência. Não há nada disso em Ribeirão Preto.”
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