Os Estados Unidos removeram Cuba
da lista de países com o pior desempenho no combate ao tráfico humano. Essa é a
primeira vez que a ilha caribenha muda de posição desde que foi incluída no
ranking, em 2003.
O relatório anual do Departamento
de Estado norte-americano, divulgado nesta segunda-feira (27/07), é usado como
referência para imposição de sanções aos países piores classificados.
Cuba foi transferida para uma
categoria denominada "observação especial", junto com Bolívia, Costa
Rica, Haiti e China. "O governo de Cuba não cumpre integralmente com todos
os requisitos mínimos para a eliminação do tráfico de pessoas, mas está fazendo
esforços significativos", ressalta o documento.
De acordo com a Casa Branca, Cuba
demonstrou empenho no combate ao tráfico sexual nos últimos dois anos. O
relatório recomenda que o país aprove uma lei específica sobre o tráfico humano
e "investigue e processe com rigor" os envolvidos.
"Nos preocupamos pelo fato de
Cuba não ter reconhecido o trabalho forçado como um problema", afirmou a
subsecretária de Estado norte-americana para a Democracia e os Direitos Humanos,
Sarah Sewall.
O relatório foi divulgado uma
semana depois de EUA e Cuba restabeleceram as relações diplomáticas, suspensas
por mais de meia década, e dois meses após a Casa Branca retirar a ilha
caribenha da lista de países que patrocinam o terrorismo.
Controvérsia sobre a Malásia
A Malásia foi removida da lista
negra dos EUA sobre tráfico humano sob protesto de grupos de direitos humanos e
de deputados e senadores norte-americanos. Segundo eles, a decisão foi tomada
para facilitar a assinatura da Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em
inglês), um acordo comercial entre os EUA e outros 11 países, entre eles, a
Malásia.
Em junho, o Congresso americano
aprovou uma lei que dá poderes amplos de negociação comercial ao presidente
Barack Obama, mas proíbe a participação de países que se encontram na pior
colocação do ranking (o nível 3), onde a Malásia se encontrava.
Sudão do Sul, Burundi, Belize,
Belarus e Comores foram rebaixados para o nível 3, onde já estão incluídos
países como Venezuela, Irã, Zimbábue e Coreia do Norte. A Tailândia ficou entre
os piores avaliados pelo segundo ano consecutivo.
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