Estudante de
14 anos Kluiver Roa é carregado após morrer
em um
protesto em San Cristobal. (Foto: Reuters)
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Kluiverth Roa,
de 14 anos, foi durante confronto entre policiais e estudantes.
Presidente disse
que policiais foram cercados e atacados.
O Ministério
Público (MP) da Venezuela anunciou que indiciará o policial suspeito de
envolvimento na morte do adolescente Kluiverth Roa, de 14 anos, ocorrida nesta
terça-feira (24), durante protesto na cidade de San Cristóbal.
O rapaz foi
morto perto da Universidade Católica de Táchira, durante o confronto entre
estudantes e policiais em uma manifestação contra o governo.
"O
Ministério Público vai denunciar, nas próximas horas, o oficial da Polícia
Nacional Bolivariana, Javier Mora Ortiz, pelo suposto vínculo com a morte de um
adolescente de 14 anos, ocorrida nesta terça-feira, 24 de fevereiro, durante
uma manifestação em San Cristóbal", informou o órgão em um comunicado.
Atingido por
uma bala na cabeça, o estudante Kluiverth Roa foi levado para o Hospital
Central, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Em seu programa
noturno de televisão das terça-feiras, o presidente Nicolás Maduro condenou a
morte do estudante, 'que aconteceu no momento, em que um grupo de garotos
encapuzados estava em atividades de protestos e de geração de violência'.
"Nesse
momento, aconteceu um fato inverossímil. Alguns policiais passaram por ali, se
envolveram em uma briga - dizem os policiais que foram cercados, agredidos e
atacados com pedras -, e um dos policiais acionou a espingarda de pressão e
assassinou esse garoto", relatou.
Mais uma vez, o
presidente afirmou que, na Venezuela, há 'grupos de ultradireita, envenenando
nossos meninos', e pediu aos jovens que não participem de manifestações
violentas.
A ministra do
Interior e da Justiça, a almirante Carmen Meléndez, explicou que, após sua
detenção, o policial 'declarou ter efetuado um disparo no estudante com uma
espingarda com balas de borracha'. O MP apontou dois procuradores para
investigarem o caso.
Não foi
divulgado se o rapaz participava do protesto.
Essa morte
acontece semanas depois de o governo ter autorizado a seus agentes o uso de
'força letal' para controlar a ordem pública.
Em nota, a
União de Nações Sul-Americanas (Unasul) disse 'lamentar' a morte do estudante.
Nesta terça
pela manhã, cerca de 200 manifestantes que protestavam contra a crise econômica
entraram em confronto com a polícia nas imediações da Universidade Católica de
Táchira, constatou um fotógrafo da AFP.
Segundo a ONG
Foro Penal, 17 pessoas foram detidas. Testemunhas relataram à AFP que há dois
feridos, um deles a bala. A imprensa local também relatou pequenos confrontos
durante manifestações contra o governo em outras cidades do oeste, como Mérida
e Maracaibo.
Capital de
Táchira, San Cristóbal foi berço dos protestos estudantis de fevereiro do ano
passado, que logo se estenderam por cerca de 20 cidades em todo o país. Pelo
menos 43 pessoas morreram de fevereiro a maio de 2014.
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