Projeto socioambiental busca desenvolver a
consciência ecológica nas novas gerações de Barra de São João
Inspirados
no trabalho do pescador e ambientalista Mestre Tuti, que diariamente percorre a
foz do Rio São João para recolher os resíduos que encontra no manguezal,
profissionais de Casimiro de Abreu se uniram para dar início ao projeto
socioambiental ‘Aprendiz do Mestre’. A Escola Pastor Abel de Souza Lyrio, no
distrito de Barra de São João, foi escolhida para ser a primeira unidade a
receber as ações, pois já trabalha conceitos ecológicos em sala de aula com os
alunos e vem realizando várias ações para se tornar uma ‘Escola Sustentável’.
Durante
quatro encontros, as crianças do terceiro e quarto ano do ensino fundamental
vão aprender a importância de separar e reciclar o lixo, fazer caminhadas de
limpeza às margens do Rio São João, além de participar de oficinas de
artesanato para transformar o lixo em arte.
No primeiro
encontro, os profissionais se apresentaram para os alunos e, através de um bate
papo, mostraram os impactos do lixo na natureza e o que cada um pode fazer para
manter um ambiente mais saudável. No segundo, as turmas plantaram papel semente
e uma muda de ipê rosa no pátio da escola. No terceiro encontro, que acontecerá
nessa sexta-feira, dia 24 de outubro, os alunos vão participar da oficina de
artesanato com material reciclável.
Os editores
e cinegrafistas Fernando Baltazar e Talita Sampaio, o fotógrafo Cláudio
Pacheco, as jornalistas Erika Enne e Juliana Guzzo, junto com o Mestre, estão
desenvolvendo as ações que serão gravadas e transformadas em um documentário.
“Este projeto vai levar ainda mais longe a mensagem de preservação e cuidado
com natureza. Hoje o Pastor Abel se tornou uma Escola Sustentável. Trabalhamos
nas salas de aulas temas ambientais, estamos plantando mudas frutíferas para a
formação de um pomar, além da horta orgânica, desenvolvida junto com os
funcionários e alunos”, falou a diretora Efigênia Rouge.
O
Mestre - José Otoni Moreira, mais conhecido como Mestre Tuti, nasceu
em Trairi, no Ceará, mas escolheu o distrito de Barra de São João para viver e
cuidar. Um dia, enquanto pescava no Rio São João, o Mestre viu um vizinho jogar
uma sacola cheia de lixo dentro do rio. O pescador recolheu a sacola e teve uma
ideia: criou o Barquinho do Lixo, que fica ancorado no meio do rio para que
outros pescadores depositem os objetos encontrados pelas águas e margens.
Mesmo com o
barquinho ancorado, o Mestre continua a percorrer o rio para recolher o lixo
jogado por pessoas sem consciência ecológica. O que é recolhido e pode ser
reciclado é doado para moradores de baixa renda da comunidade ou transformado
em obras de arte pelas mãos do próprio Mestre. Além de pescador e artista, o
Mestre também é poeta. Sua maior inspiração é a natureza e a beleza do Rio São
João.
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